junho 16, 2006

Um diálogo no café do São Gerardo...

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Bruno: Jéssica, qual o sentido da vida?
Jéssica: Sentido da vida? Hum... Deixe-me ponderar sobre essa questão...
B: Ah, deixa pra lá, já perdeu o sentido.
J: Por que perdeu? Só porque eu não disse o que me veio diretamente a mente? Só porque eu pensei no que falar sobre o próprio significado de "sentido"? Por que esse imediatismo?
B: Não, é assim ó... é porque existe um sentido sabe, mas é meio sem sentido.
J: "Sentido meio sem sentido"??? Não cheguei a esse nível de abstração! Mas o sentido da vida... Hum, é o que a gente faz com a própria vida... Ou não!
B: Bem, esse seria um dos sentidos. Mas se pensarmos noutro sentido...perai, estou me perdendo. Calma. Quero dizer que quando as pessoas fazem essa pergunta, é como querendo saber um propósito da vida, nesse sentido, tem sentido, entendeu? mas no outro sentido, de entender, compreender, não tem tanto sentido. Ahhh chega de sentido, vamos nos sentir, opa! aqui não né?
J: Espera um pouco, racionalize! Você é louco ou se faz? Por que você começa uma coisa e não busca questioná-la até o fim? Fala sério, chega dessa superficialidade medríocre em que estamos inseridos... Compreendo sim, a idéia de sentido que você está sugestionando, mas não compreendo essa ânsia de sempre se querer respostas pra tudo, algumas coisas simplesmente não são passíveis de respostas plausíveis... É isso que me pertuba, algumas vezes, por que precisamos de uma conseqüência para nossas ações, ou para as ações de outrem? E que história é essa de se sentir, no meio do diálogo? Ó o respeito no meu blog!
B: Ora mais pi! exatamente isso...eu também não pretendo dar respostas a tudo, fico apenas nos caminhos dos questionamentos. Aliás, essa pergunta batida foi apenas um ensejo para uma conversa, óbvio que não chegaríamos a uma resposta universal, ou se chegássemos...seríamos, hum. o que? Deuses? aheahe Não, tô longe...Bem, e na questão do Tato, bem...com todo o respeito, nós poderíamos transcender esse diálogo para outras formas que não a escrita ou a falada, poderíamos usar todos os outros sentidos maravilhosos que deixamos de lado...aliás, você está muito cheirosa hoje, hum...
J: Mas responda a minha pergunta! Por que as pessoas têm essa volúpia da racionalidade? E por que precisamos ser denomidados de "deuses" para sermos os protentores do que é e do que não é, das verdades em suma? Não podemos ser simples e banais pessoas que chegam a uma resposta? Ou há algumas respostas...? Por que essa hiper-valorização do 'saber'? E, ah... eu disse pra ter respeito no blog e você começa a escrever o que você quer fazer? Foi você que propôs essa de escrevermos uma conversa aqui! Ora bolas!
B: Só um parênteses aqui, um destaque! Como você mesmo disse, é melhor não nos alongarmos senão ninguém lê, temos que admitir. rs... Sim, voltando ao assunto. Eu não disse que temos que ser denominados deuses para obtermos respostas, eu perguntei ora bolas! chegar às respostas? é realmente concordo, respostas? o que é isso? responda! Ok, ok...não vou comentar aqui das minhas pretensões táteis com você, mas enquanto você escreve a próxima fala, eu vou...
J: Ai, ai, peraí, é isso mesmo, a gente tenta fazer algo de bom, mas não sai nada que preste ou que se aproveite! Bom, o meu consolo é que ninguém visita esse site, logo também, ninguém se dará o trabalho de ler isso tudo... enfim, a vida não tem sentido mesmo! Pra quê comentar mais!
B: ow, vem cá vem, me dá um abraço...


Boa noite infames e infantes!

3 Comentários:

Às 6/19/2006 04:31:00 PM , Anonymous Anônimo disse...

parece que pode haver um alguém maior(superior?grande?com mais experiência?) que nós para responder-nos às nossas questões existenciais!
:P
ô viagem!
das boas!
;**********

 
Às 6/21/2006 09:44:00 AM , Anonymous Anônimo disse...

Adorei a idéia do diálogo e o conteúdo do próprio (inclusive as intervenções libidinosas do Bruno. hehehe). Fiquei com inveja... Vou registrar tbm um diálogo e dizer q a idéia é minha. rrsrsrs

 
Às 7/06/2006 02:58:00 PM , Anonymous Anônimo disse...

Maurice Blanchot uma vez disse que a resposta estraga a pergunta. São tão ínfimas, as respostas, que alcançam um pequeno grupo de pessoas-coisas. Um universo tão grande... Cabe-nos perceber a nossa finitude e dialogar sempre, ininterruptamente, mesmo que seja com o corpo né meus amigos que tanto amo? A idéia do diálogo é maravilhosa, linda (parafraseando a Iana) mesmo.

Um beijo forte no coração de vocês!

 

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