agosto 26, 2006

A-bra(os)ços

Os braços sempre se abrem para circundar o vazio...
A maresia cheia a flores e folhagens envolventes
Olho na lua cheia feito queijo,
As nuvens escondem as estrelas e as emoções
(que temem a infame opinião dos transeuntes)

Os carros e as lotações gritam: Chore, viva, seja!
A pulsação dos dois corações é tão veraz
Que chega a causar calafrios sinuosos nas pedras
Os rostos desfalecem-se ao contemplarem-se
(sempre, desde de sempre)

A arte dos braços, só é boa quando é de verdade...
Andar de braços dados despreocupados,
Levar leves tapinhas nas costas alegremente,
Ter os braços unindo as ondas imanentes do retorno...
(Abraços)



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