janeiro 08, 2007

Questiona-me ou questiono-me


Sete desafios, horários perpetrados.
Disciplinar-se o máximo possível.
Cobranças.
Dez fichamentos para uma, vários ensaios e três provas,
mais outras consultáveis ou não.
Multiplicar-se e variar-se eis as questões
(conhece-se a proposta do novo ano).
O disfarce dela se afigura.
Funciona para os que a vêem, não para a mascarada.
Aloca-se entre as folhas, em vertigens de areias e pingos d'água.

Coça a cabeça na volúpia por respostas,
mas só consegue se descabelar.
As palavras saem soltas sem nexos,
os signos sinalizam um (não) saber protuberante.
As mãos tentam escrever sentidos para nortear-se, em vão.
Necessidade cronológica de uma decisão,
afora alguém que oriente essa mente cheia de expectativas
e poucas concretudes.
Dizem que se deve começar pelo fim,
que se deve desvencilhar de certas conceituações.
Renovar-se nos recheados gostos da páginas.
A primeira vista o sabor do papel faz salivar.
O que virá depois, não quer saber,
mas os olhos discutem o bailar das vogais e consoantes.

O passar dos meses enevou-se rápido.
Acha sempre que há um atraso com o tempo
(que está no último lugar da fila).
Sente a nostalgia daquelas caras pintadas de azul, de amarelo
(parecera agora tão mais simples).
Corre de pernas bambas.
Pesquisa o que não entende.
Traga um ar sufocante, parece uma sanguessuga.
Metamorfoses.
Rastros de um passado a fazem parir de uma idéia,
um tanto inebriante.
Inelutável sentimento de sair, para monogra (desa[f]i) ar...
Busca o estar 'outside' como seu cerébro.

:^)