v e r d e j a r ...
às vezes, a gente não tem a dimensão dos enquadros,
(em que vive)
é, meu irmão, os olhos enganam
(iludem)
depois de um pôr-do-sol é que se vê, que aquilo não é mais
(nunca foi)
mas, depois de ver e não de olhar é que se sente
a grama verdejando na pele parece travesseiro de pluma
quando olhava, não via
(ou via, ao longe)
agora
as imagens se constroem como formigas com folhas nas costas
lentamente, mas, efetivamente
o ver
de
já
rouba a cena
e faz a linguagem em trânsito suplantar-me em novas perspectivas
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p.s.: é bom, só ver
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