março 07, 2007

v e r d e j a r ...



às vezes, a gente não tem a dimensão dos enquadros,
(em que vive)

é, meu irmão, os olhos enganam
(iludem)

depois de um pôr-do-sol é que se vê, que aquilo não é mais
(nunca foi)


mas, depois de ver e não de olhar é que se sente
a grama verdejando na pele parece travesseiro de pluma
quando olhava, não via
(ou via, ao longe)

agora
as imagens se constroem como formigas com folhas nas costas
lentamente, mas, efetivamente

o ver
de


rouba a cena
e faz a linguagem em trânsito suplantar-me em novas perspectivas

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p.s.: é bom, só ver


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